Você, caro leitor, já deve ter visto que vários investidores estão atentos aos IPOs. Mas muitos não sabem o que são e como fazer para lucrar com estes eventos do mercado financeiro. Quer entender mais e melhor? Então vem com a gente.
Mais sobre IPO
IPO é a sigla em inglês para “Initial Public Offering” (para o português seria algo como “Oferta Pública Inicial”). Portanto, suponhamos que sua empresa de forno elétrico para embutir transforma-se numa companhia de capital aberto e com papéis a serem comprados, vendidos e negociados nos pregões da Bolsa de Valores. Esta ‘iniciação’ é o IPO.
João Daronco, analista de investimentos da Sumo Research avalia que “a bolsa vem subindo bastante nos últimos meses”, porém avalia que o tempo de dois meses, por exemplo, “não é suficiente para uma empresa apresentar crescimento, ou empregar os recursos captados no IPO. Se elas crescerem, será no longo prazo”.
A fala de Daronco é coerente, pois mesmo que as operações cheguem na casa das centenas de milhões, pode haver oscilação. E nenhum empresário, seja de pequeno, médio ou grande porte, quer perder dinheiro, correto?
Para se ter uma ideia, a operação entre a Petz e a Warburg movimentou mais de R$ 3 bilhões.
Por que este processo é importante?
Da mesma maneira que uma placa de energia solar condensa mais calor num único local, o IPO condensará quantias valorosas que se converterão em novos recursos e ampliação de setores e contratações.
Dentre as principais movimentações neste “tabuleiro”, temos:
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- Acesso ao capital: os acionistas têm a oportunidade de comprar papéis e ter pequenas porcentagens da empresa. A somatória deste montante, normalmente, é revertida para benefícios dentro do conglomerado, além de gerarem outras vantagens como ações sem vencimento ou retorno sem previsão específica.
- Liquidez: acionistas, sócios e empreendedores que obtiverem os papéis, ficam atentos às oscilações do mercado. Portanto, vamos supor que sua fábrica de estruturas metálicas vendia papéis a R $25,00 no mês de fevereiro e em abril este valor chegou a R $75,00. As ações transformaram-se num lucro de R $50,00. E da mesma forma que há lucro, também pode haver prejuízo.
- Transparência nos resultados: o nível de transparência nos resultados e nas operações deve ser elevado. Pois, a partir de agora, você precisa mostrar a todos os acionistas os lucros e prejuízos. Desta forma, eles saberão se vale a pena continuar investindo na marca ou não.
Quero fazer um IPO. E agora?
Há uma grande burocracia para tal feito. O mais conhecido é transformá-la numa Sociedade Anônima (S.A.) e ter seu capital dividido em ações. Os outros passos são:
- Planejamento e auditoria, que podem levar de oito meses a três anos para acontecer;
- Reuniões dos membros da alta cúpula da empresa com analistas financeiros, potenciais investidores e corretoras;
- Registro de Companhia Aberta junto ao CVM (Comissão de Valores Imobiliários);
- Fazer a listagem na bolsa brasileira (B3);
- Prospecto, que é um documento onde estarão presentes as informações mais importantes do IPO, podendo ter um montante de uma centena de páginas;
- Período de reserva para investidores como pessoas físicas demonstrarem interesse
- Bookbuilding, ou valores pagos por cada ação, referentes à quantidade de ação que cada investidor deseja adquirir;
- Dia D, onde a empresa e suas ações surgem nos pregões.
Entendeu mais e melhor sobre o IPO, suas principais vertentes e características? Gostou da postagem? Não se esqueça de curtir e compartilhar com seus amigos e familiares.