O avanço da tecnologia está causando revoluções no mundo do trabalho e na medicina não seria diferente. Muitos profissionais ainda se surpreendem com as mudanças, mas quem estuda o assunto garante que, pelo menos a maioria delas, é sinônimo de avanços para todos os envolvidos.
Para começar, a tecnologia permite o desenvolvimento de vários estudos, que resultam em métodos e técnicas que melhoram, dia após dia, a prevenção, o diagnóstico e o tratamento de várias doenças. Isso sem falar que os smartphones e computadores já são presença esperada em qualquer curso de preparação médica.
Conectividade em alta
Uma mudança das mais significativas diz respeito à relação médico-paciente. Mais de 60% dos profissionais de saúde já utilizam algum equipamento tecnológico para acompanhar pacientes e deixar a consulta mais eficiente, segundo dados da Accenture, empresa global especializada no assunto.
Poder agendar consultas por um aplicativo ou site é um exemplo simples disso. Mas há muitos outros: profissionais que usam a tecnologia para manter atualizados os prontuários e disponibilizar canais para contato direto com os pacientes, entre outros exemplos práticos.
Um estudo da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS) afirma que existem, atualmente, em uso no mundo, cerca de 500 mil tecnologias médicas. Entram aí, desde exames até tratamentos modernos com equipamentos de alta tecnologia.
Muito mais que teleconsulta
A internet das coisas é uma área que merece destaque, pois permite conectar diferentes dispositivos, ajudando a criar uma rede de troca de informações, tanto entre os profissionais quanto entre médico e paciente.
Não estamos falando apenas da telemedicina e das famosas consultas online que se popularizaram na pandemia. Elas, com certeza, vieram para ficar e podem agilizar a vida do paciente, que não precisa se deslocar para outra cidade para consultar um especialista, por exemplo.
Já existe até a possibilidade de enviar dados direto de um aplicativo do paciente (um relógio durante a prática de exercícios, por exemplo) para o médico, que pode monitorar tratamentos e também fazer diagnósticos mais precisos.
Integração e economia
Existem ainda redes focadas na integração entre as áreas, que disponibilizam vários serviços, tanto para os profissionais quanto para os pacientes. Elas possibilitam não apenas mais agilidade nos agendamentos, mas também economia para os hospitais, que podem gerenciar melhor seus recursos e profissionais.
Simulações que ajudam a tomar decisões
A inteligência artificial é outra área que tem crescido, com dispositivos impressionantes, tanto para processar dados quanto para simular situações, melhorando diagnósticos e tratamentos. Isso porque os dados gerados podem ajudar os profissionais a tomar melhores decisões embasadas cientificamente.
Metaverso em crescimento
Uma das maiores novidades é o metaverso. Os mundos virtuais deixaram de ser coisa de filme de ficção científica e estão sendo cada vez mais utilizados na medicina.
A tendência, segundo uma pesquisa da Accenture, é de ainda mais crescimento. Mais de 80% dos empresários do setor consideram que usar esse tipo de tecnologia avançada é bom para os negócios, afirmando que suas organizações já estão investindo em modernização.
Computação impossível
Um novo termo tem chamado a atenção dos mais antenados às possibilidades de futuro: computação impossível ou “quântica”, que já está sendo testada e promete trazer revoluções ainda maiores que as já vistas nos últimos anos.
Significa mais ou menos o que o nome tenta dizer, trata-se do desenvolvimento de equipamentos que fazem o que a maioria dos computadores ainda não é capaz, como processar dados muito grandes ou complexos. Além de melhorar diagnósticos e tratamentos, esse processo pode ajudar, por exemplo, a prever, em tempo hábil, uma nova ameaça de pandemia viral.