Mais da metade dos gamers são do sexo feminino

Apesar de serem maioria e terem nomes de peso, elas ainda lidam com problemas como assédio e xingamentos enquanto jogam. Dentre os países da América Latina, o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking de consumo de jogos eletrônicos. Segundo a Pesquisa Gamer Brasil de 2022, quase 75% dos internautas brasileiros jogam online e, dentro dessa porcentagem, 51,5% são mulheres.

 

No entanto, apesar de serem maioria e terem todos os equipamentos em casa, como cadeira gamer, computador de última geração e demais itens que permitam conforto durante o jogo, elas precisam manter a câmera desligada e investir em um nickname neutro, tudo isso para se proteger de assédio e xingamentos.

Dificuldade em se ver como gamers

Exatamente por ser um mercado masculino e pelo machismo encontrado enquanto se aventuram nas plataformas, muitas das jogadoras evitam usar o chat e ligar a câmera e, muitas vezes, não se enxergam como gamers. 

 

Na porcentagem identificada pela Pesquisa Gamer Brasil, apenas 45,1% das mulheres se consideram gamers. As demais, por jogarem apenas pelo celular, acreditam que isso seria apenas um hobby, até por já terem sido invalidadas por outros jogadores do sexo masculino.

Jogos para celular são os preferidos

A pesquisa também mostra que 6 em cada 10 mulheres se enxergam como jogadoras casuais, não tendo o game como sua primeira atividade de lazer. Além disso, 53% delas preferem jogar diretamente do celular ou do tablet e não com os consoles.

 

É exatamente por isso que muitas delas acabam não sendo consideradas gamers quando conversam com jogadores do sexo oposto. Para eles, a prioridade está nos consoles, enquanto o celular ou tablet é secundário.

 

Mulheres gamers para se inspirar

Apesar das dificuldades, não dá para negar que elas estão conquistando espaço e não pretendem abrir mão dele. Elas têm direito de jogar e se enxergarem como gamers, independentemente de jogarem apenas no celular ou de investirem em um console ou PC gamer.

 

Agora, o que acha de conhecer mulheres de peso nesse mercado para se inspirar?

Cynthya Rodrigues

Cynthya se considera gamer desde a primeira vez que conseguiu segurar um console. No entanto, exatamente por comentários machistas, ela se afastou por um tempo do que amava fazer.

 

Hoje ela é uma referência no mercado de e-Sports, tanto que é sócia de uma startup especializada em negócios para o segmento de games. No mundo dos jogos é conhecida como a menina do cabelo azul e integra a lista da Forbes dentre os 10 gamers empreendedores ou líderes de iniciativas.

Ana Xisdê

É a maior game influencer do Brasil e ingressou no mundo dos jogos online por causa do seu pai, que testava games. Já ganhou o prêmio de Melhor Caster BR e acredita que o melhor de jogar online é se permitir entrar em um mundo fantástico e esquecer da realidade.

 

Para ela, você pode começar a qualquer momento, sem ter uma idade mínima ou máxima para se tornar gamer, e deve procurar algo que chame a sua atenção. Vale, inclusive, assistir transmissões de alguns jogos antes de se aventurar e testar suas habilidades.

Bianca Schiavon

Mais conhecida como Imbizita, é criadora de conteúdo digital e streamer. Suas lives acontecem diariamente e ela levanta várias questões enquanto joga. Entrou no mundo dos games bem pequena, aos 5 anos, e desde então se apaixonou. 

 

Ela acredita que o mais divertido de ser gamer vai além de fugir da realidade e envolve sentir que está entendendo o funcionamento do jogo, compreendendo como ele funciona. Além disso, indica que quem quer se tornar gamer só precisa se permitir jogar, seja no computador, no console ou no celular. Para Imbizita, a melhor parte dos games é que sempre existe um que parece feito para você.